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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Formação em Artes Visuais na Escola dos Sonhos

O Curso de Formação em Artes Visuais foi planejado com o objetivo de trazer algumas questões das artes para alimentar professoras e professores da Educação Infantil da Escola dos Sonhos, provocando reflexões sobre esta área de conhecimento na escola.
Para ampliar a bagagem cultural dos educadores, começamos tratando sobre a vida e a obra de Jackson Pollock, pintor americano que revolucionou o mundo da arte com a action painting, uma forma de pintar que privilegia a ação e o impulso criador. O fluxo de tinta é controlado e o processo tem toda importância no ato criativo de pintar, uma revolução para a época, especialmente na pintura.


Assistimos a trechos do filme que trata sobre a vida do pintor e apreciamos algumas fotos do artista pintando. A partir destas imagens pudemos pensar não apenas no fazer artístico de Pollock, mas também no processo criativo vivido por nossos alunos ao lidar com a tinta.
Outro aspecto que ficou evidente e apareceu na fala dos profissionais presentes foi a questão estética presente no trabalho de Pollock. À primeira vista, seus trabalhos não passam de borrões de tinta sobrepostos. Mas ao conhecermos um pouco da vida do pintor, seus conflitos, trabalhos anteriores e processo de criação, suas obras ganharam outra dimensão.



Ficou mais fácil entender pinturas nas quais a forma não tem importância, mas em que o processo de criação é uma exploração gestual, uma explosão de cores. E observar as cores em suas nuances, misturas e texturas, transformou-se num exercício rico e profundo: o início da construção de um olhar sensível que vê o mundo a sua volta com mais cuidado e curiosidade.
O vídeo que mostra a menina Aelita André pintando fechou o momento de fruição do grupo de professores e professoras, alimentando reflexões sobre o contexto em que ela vive, seu contato com a arte, as possibilidades de exploração de diferentes materiais, a forma como tais materiais lhe são apresentados e o resultados destes fatores todos juntos. Nosso objetivo não foi definir se o trabalho de Aelita é arte ou não, tema que gera diferentes posições, uma vez que a crítica de arte vê os trabalhos dela sob diversos pontos de vista. O que procuramos perceber foi como uma criança pode brincar com diferentes materiais de uma forma íntima e complexa.



Terminamos a tarde com a produção de trabalhos inspirados em Pollock. Permitir que o gesto domine a ação! Deixar que a tinta siga um fluxo que com o tempo pode ser controlado foi um exercício que estimulou professores e professoras a pintar, estabelecendo um contato mais íntimo com o mundo das artes, em especial com a pintura. O resultado foi uma exposição com as produções, refletindo o trabalho realizado em meio a muito riso, exclamações, descobertas.
Um momento que vale a pena compartilhar!  
Fernanda Werneck
Julho/2011

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